Economia sexual

Ainda estou lendo aquele livro das edições Sesc sobre a vida sexual do brasileiro. Lá para o final do livro tem um capítulo muito triste que fala sobre o capital sexual das meninas de periferia. Elas crescem sem esperança, sem educação, e algumas vezes bem fora do padrão de beleza e enxergam em seu corpo a única maneira de ter alguma ascensão social. É um contraste muito grande se comparado com a vida das meninas de classe média e rica que tem, em um país machista, muito mais capital para oferecer em troca do que apenas o seu corpo como ferramenta de prazer. O que me faz pensar sobre o dia a dia destas meninas que passam a semana sonhando com os momentos de alegria em que seu capital sexual é valorizado nos bailes funk.

Autor: xto

Sou uma pessoa importante para os que me conhecem e consideram.