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Ícones abstratos
Esta publicação é uma continuação desta
Depois de ter publicado as figurinhas abstratas e de ter percebido que alguns aplicativos alteram o próprio ícone de chamada – como, por exemplo, os de calendário e relógio que colocam o dia do mês ou o desenho do relógio no ícone – fiquei com vontade de continuar o projeto das figurinhas abstratas e meter uma arte generativa dentro do celular de cada pessoa. Diariamente, a partir da meia-noite, uma nova arte abstrata baseada em desenhos vetoriais seria gerada e tomaria o lugar do ícone anterior. Há possibilidades de:
- gerar novo ícone;
- alterar horário de alteração;
- salvar ícone gerado;
- etc…
Artista da Economia
Cada vez mais me vejo como artista da economia. Este título vem após pensar no significado de ser artista da fome – aqueles artistas circenses que exibiam suas capacidades de ficar longos tempos sem se alimentar, também chamados de faquires.
Ser artista da economia é a realidade forçada da maioria dos artistas brasileiros que são obrigados a conciliar sua vida de artista com uma adversidade econômica. A criação artística costuma acontecer como expressão de resposta a um estímulo. Este estímulo pode ser a fome, a alegria, o medo. Se reconhecer como artista da economia, para mim, é importante porque a maneira como eu consigo o material para minha produção, os temas que abordo, as questões em que me apoio durante todo o período de criação são muito baseadas na economia. Um arranjo de tempo, um balanço de investimento monetário, um equilíbrio entre expressão animal e objetividade comunicativa que faz variar a estética entre o abstrato e o figurativo.
É bom ter reconhecido esta alcunha que me parece bem original e legítima para guiar minha vida nas artes. Traz um alívio poder me apoiar em um título assim.
Exposições recentes
Visitei duas exposições importantes neste período de calmaria aqui em casa. Foi a Maquinações, no SESC Carmo – com máquinas, arte cinética, culto a tecnologia e a de 50 anos de Fotorrealismo no CCBB com exibição de trabalhos que usam a técnica para imitar a realidade da melhor maneira possível.
Na Maquinações fiquei bem feliz de ver que minhas queridas artes cinéticas eletrônicas bem representadas. Mas não era sobre arte cinética a exposição. Falava sobre a essência do que ando querendo mostrar em minhas esculturas cinéticas luminosas: a exibição da técnica como arte. Os eixos, motores, sensores, placas e reatores exibidos assim como o movimento e lâmpadas e leds que eles controlam.
Hoje, 10/12, vou fazer um workshop com um dos artistas que exibem ali, o Paulo Nenflidio. Além dele tem Palatnik e Guto Lacaz entre outros. Muito batuta.
Nas fotos tem alguns dos desenhos técnicos do Palatnik para suas obras. O que me chamou atenção ali foi o reconhecimento imediato do projeto de ferramenta mecânica muito parecido com o do meu pai e uma coisinha que eu quero explorar faz um tempo: o uso da solenóide! Uma solenóide custa uns R$60, então eu preciso estar em uma condição um pouco melhor de dinheiro para poder experimentar com isso…
Na expo de Fotorrealismo percebi algumas coisas interessantes: uma foi, ao ouvir de uma dupla de senhoras um “isso é que é arte” e ver o encanto de uma criança sendo estimulada a pensar se o que estava sendo mostrado era foto ou era pintura, tive mais uma prova de como a fruição da arte ainda está presa aos padrões românticos de “quanto mais próximo a ‘natureza’, mais arte é”. No caso, muitas das obras apresentadas eram pinturas americanas dos anos 50 que não retratavam nada de natural – lanchonetes, carros, oficinas. Mas o mérito das obras ali estava mais em parecer uma foto do que em ser uma pintura.
Outra coisa: como a adaptação do foco da lente da foto teve que ser feita para conseguir copiar a imagem usando as tintas. Normalmente, em uma pintura, o olhar vai passeando pelo cenário e focando cada plano. Assim, mesmo se o assunto a ser tratado está em primeiro plano, os objetos nos outros planos ainda são pintados com foco.
Ideia de escultura cinética
Aqui está o principal motivo para eu fazer este blog. Muitas ideias minhas estavam passando batido e eu acabava esquecendo. Então preciso documentá-las de alguma forma. Aqui eu as documento e exibo para o mundo ao mesmo tempo. Vamos ver…
A ideia ilustrada na imagem surgiu a partir de uma pesquisa para incluir faíscas nas minhas esculturas cinéticas. No começo, gostaria de fazer uma escultura cinética de um Ken fazendo um Hadouken que no final soltasse uma faísca. Isso poderia ser feito com um led piscando mas o mais interessante seria fazer uma faísca saindo de suas mãos. A primeira vontade seria que esta faísca fosse feita a partir da fricção de um disco com uma pedra de isqueiro – ou como eram feitas nas antigas armas de brinquedo. Mas não encontro como fazer isso…
Meus estudos foram no sentido do Magiclick – o acendedor de fogão. A fagulha obtida nele pode ter origem elétrica (um indutor carregado de DC) ou química-elétrica. O fato de poder fazer este cristal em casa foi o que mais me interessou. Mas aqui vem um fato novo: já existe projeto de pegar o peteleco no cristal de piezo e transformá-lo em luz. Hummmm…
Uma atualização desta publicação: Enquanto vi um cara passar de bicicleta e me perguntei se ela era elétrica e vi que tinha uma caixa na garupa mas não parecia uma bateria, pensei que ela poderia ter um método de recarregamento baseada na colisão no cristal de piezo. Pensei que a roda poderia ter alguns acionadores que, batendo no cristal, levantariam a carga sucessivamente. Depois de retificado e estabilizado este sinal poderia ser um DC utilizável.