O Partsim foi desligado!

Em janeiro deste ano o site Partsim, que eu usava para simular circuitos eletrônicos foi desligado. Não que ele fosse grandes coisas, mas estava acostumado a usar. Me sinto meio infantil usando o TinkerCAD para simular circuitos e ele já fez algumas bobagens. Seria ideal se o EasyEDA, que uso para fazer placas de circuito impresso, tivesse simulador de circuito.

Preciso procurar um novo simulador online gratuito decente.

Sem propaganda

Estou lendo o livro de Mário Vargas Llosa, Pantaleão e as Visitadoras. E estou tendo a sensação estranha de fazer leituras sem a interrupção de propaganda ou alertas para outras informações não solicitadas. Acho que isso está acontecendo porque estou em uma sequência de leituras de livros e encontrei essa diferença muito forte.


O estilo do texto deste livro é impressionante e bem confuso no início: o autor intercala diálogos que acontecem em lugares e tempos diferentes. O leitor que se vire pra montar a narrativa na cabeça!

Economia sexual

Ainda estou lendo aquele livro das edições Sesc sobre a vida sexual do brasileiro. Lá para o final do livro tem um capítulo muito triste que fala sobre o capital sexual das meninas de periferia. Elas crescem sem esperança, sem educação, e algumas vezes bem fora do padrão de beleza e enxergam em seu corpo a única maneira de ter alguma ascensão social. É um contraste muito grande se comparado com a vida das meninas de classe média e rica que tem, em um país machista, muito mais capital para oferecer em troca do que apenas o seu corpo como ferramenta de prazer. O que me faz pensar sobre o dia a dia destas meninas que passam a semana sonhando com os momentos de alegria em que seu capital sexual é valorizado nos bailes funk.

O estranho caso da Placa de Circuito Impresso – Solucionado!

Usei no passado o método de transferência de layout de uma placa de circuito impresso de um papel couchê para a placa de fenolite com acetona. Deu muito certo e até documentei isto para o ETA em Construção. Acontece que este método nunca mais funcionou! Não sei se por causa da qualidade do toner usado na impressão do layout, por causa da pureza da acetona, da maneira como limpar a placa para receber o layout, o fato é que minhas tentativas agora sempre resultam em papel se desmanchando conforme se esgarça o layout aplicado: o toner não adere ao cobre.

Ontem tentei no ETA de Guarulhos usar o mesmo método usando thinner. Deu mais certo que o método com acetona, mas ainda está longe da aderência que aconteceu quando fiz a mesma coisa anteriormente.

Não sei o que fazer, mas continuarei tentando… :(


Estou vendo um vídeo em que o rapaz consegue sem grande esforço usando:

  • thinner com 10% de alcool isopropílico
  • impressão a laser no papel gloss (sic)

Aqui está o vídeo… Ele usa pouco da solução no papel para obter a transferência. Espera secar e depois joga em um recipiente com água para esgarçar o papel. Vou tentar comprar um papel destes…


Consegui! Foi assim:

  • recortei uma página de revista no tamanho A4 e imprimi na impressora laser sobre ela! Usei uma página da revista E do SESC. Não consegui encontrar que tipo de papel é usado nessa publicação, mas parece um papel glossy fosco de gramatura 120…
  • recortei o layout, apliquei sobre a placa de fenolite virgem limpa, passei algodão com Thinner puro atrás!
  • após secar, deixei um tempo em um recipiente com água e fui esgarçando o papel suavemente. Deu bem certo!
Placa de cobre e fenolite sobre papel de revista com impresso a laser

Escultura (e) Mecânica

A descoberta da infinitude do mundo da criação de ferramentas mecânicas e o estímulo de um final conhecido para a obra.

Questões éticas levantadas no momento da criação artística não acontecem no mundo da engenharia.

Outro dia fui a casa de meus pais e como sempre meu pai quis mostrar em que projeto estava trabalhando no momento. Ele está desenvolvendo um apoio para limitar o corte e fresa em algum eixo. A princípio seria para ajudar a escavar nas madeiras das portas o buraco usado para encaixar as fechaduras. Mas o projeto virou um tipo de limitador que chega próximo a um CNC manual, em que uma tupia corre firmemente dentro de um eixo determinado a uma altura também determinada. Enfim, para chegar a esta ferramenta, meu pai teve que esculpir algumas peças. Eram peças que não existiam e tiveram que ser criadas para que a ferramenta que está montando funcionasse. Eram peças com formas que não existiam no mundo e que tem um propósito dentro de um sistema fechado. Foram concebidas com um sentido determinado e para suas criações técnicas de corte manuais pesados foram usadas. Isso aproxima muito o trabalho que meu pai teve da escultura artística. Por que se difere?

Se difere da arte pela intenção. A ferramenta que meu pai está criando tem uma missão. Embora meu pai não tenha uma grande habilidade de comunicação e não tenha conseguido apresentar ao mundo a real necessidade de desenvolver seu projeto, a criação desta ferramenta aconteceu exatamente para solucionar um problema. Esta falta de habilidade de comunicação de meu pai faz com que essas criações dele pareçam se aproximar mais de esculturas artísticas. Porque como seus espectadores não conseguem alcançar a exatidão da resposta a que estas criações se dão, elas parecem ser criadas pela mesma razão abstrata que estimula a criação artística.

Nesta mesma visita a meus pais tive contato com alguns de seus livros que apresentavam vários dispositivos mecânicos em desenhos técnicos e descrições. Eram versões muito melhores do livrinho que dei de natal a meu pai que trazia 207 (ou sei lá que número era) dispositivos mecânicos. Ele de consulta para fazer seus projetos de ferramentas – e eu achando que o livro que dei o surpreenderia, tsc tsc…

Também foi a partir dessa visita e apresentação do projeto de meu pai que me dei conta da infinitude do mundo da mecânica: para se fazer uma ferramenta é necessário fazer suas peças. Para fazer estas peças, às vezes é necessário fabricar outras ferramentas. E assim recursivamente se vai percebendo um ciclo infinito de necessidades de criação que tem objetivos nítidos.

Essa nitidez do objetivo da criação é muito estimulante e não acontece no mundo da arte. Não existe uma finalidade, uma concretude que justifique claramente a criação da obra artística. Para mim isso traz questões ecológicas, éticas e psicológicas que acabam por desestimular a criação, o uso de materiais, o dispêndio de energia.

Consertei o blog da Pipa Musical

Como consertar o problema de caracteres estranhos no Wordpress.

Há muito não mexia no blog da Pipa. Mas o convite para participar do RadioArt.Zone está me fazendo olhar um pouco mais para aquele troço. Enfim, os caracteres latinos não estavam aparecendo direito. Vi que meus wordpress são tão antigos que no arquivo wp-config.php não constavam duas entradas que, vi em discussões, poderiam dar este tipo de problema. Acontece que pediam para colocar:

define ('DB_CHARSET', 'utf8');
define('DB_COLLATE', '');

E isso não me adiantou o problema. Então, vi em outro blog que este valor do encoding do banco de dados poderia ser outro. Alterei, e deu certo, urrú! O valor certo para estas linhas:

define ('DB_CHARSET', 'latin1');
define('DB_COLLATE', '');

Quero deixar de usar as redes sociais

Seria muito bom deixar de publicar conteúdo de valor nas redes sociais.

Cada publicação que se faz em uma rede social, um conteúdo de certo valor vai para a plataforma que a abriga. Existem conteúdos de muito valor em redes que trabalham para fins muito ruins, como o Facebook. Por exemplo, o Renato Janine Ribeiro, ex ministro da educação, publica diariamente informações muito boas naquela rede. Mas com isso ajuda a aumentar o valor monetário de uma plataforma sem escrúpulos que colabora com desinformação e manipula a circulação de informações. Apesar de ampliar o alcance, cada escritor coloca sua expressão na mesma plataforma em que nazistas e negacionistas se encontram. Vou tentar deslocar minhas expressões cada vez mais para longe das plataformas com o custo de perder a circulação de minhas ideias, mas deixando de corroborar com empresas sem escrúpulos.