Usei no passado o método de transferência de layout de uma placa de circuito impresso de um papel couchê para a placa de fenolite com acetona. Deu muito certo e até documentei isto para o ETA em Construção. Acontece que este método nunca mais funcionou! Não sei se por causa da qualidade do toner usado na impressão do layout, por causa da pureza da acetona, da maneira como limpar a placa para receber o layout, o fato é que minhas tentativas agora sempre resultam em papel se desmanchando conforme se esgarça o layout aplicado: o toner não adere ao cobre.
Ontem tentei no ETA de Guarulhos usar o mesmo método usando thinner. Deu mais certo que o método com acetona, mas ainda está longe da aderência que aconteceu quando fiz a mesma coisa anteriormente.
Não sei o que fazer, mas continuarei tentando… :(
Estou vendo um vídeo em que o rapaz consegue sem grande esforço usando:
thinner com 10% de alcool isopropílico
impressão a laser no papel gloss (sic)
Aqui está o vídeo… Ele usa pouco da solução no papel para obter a transferência. Espera secar e depois joga em um recipiente com água para esgarçar o papel. Vou tentar comprar um papel destes…
Consegui! Foi assim:
recortei uma página de revista no tamanho A4 e imprimi na impressora laser sobre ela! Usei uma página da revista E do SESC. Não consegui encontrar que tipo de papel é usado nessa publicação, mas parece um papel glossy fosco de gramatura 120…
recortei o layout, apliquei sobre a placa de fenolite virgem limpa, passei algodão com Thinner puro atrás!
após secar, deixei um tempo em um recipiente com água e fui esgarçando o papel suavemente. Deu bem certo!
Placa de cobre e fenolite sobre papel de revista com impresso a laser
Como consertar o problema de caracteres estranhos no Wordpress.
Há muito não mexia no blog da Pipa. Mas o convite para participar do RadioArt.Zone está me fazendo olhar um pouco mais para aquele troço. Enfim, os caracteres latinos não estavam aparecendo direito. Vi que meus wordpress são tão antigos que no arquivo wp-config.php não constavam duas entradas que, vi em discussões, poderiam dar este tipo de problema. Acontece que pediam para colocar:
E isso não me adiantou o problema. Então, vi em outro blog que este valor do encoding do banco de dados poderia ser outro. Alterei, e deu certo, urrú! O valor certo para estas linhas:
Quando desmontei meu ateliê antigo, que era compartilhado, os colegas artistas deixaram umas coisas para trás. Uma delas era uma lâmpada controlada pelo som, acho – fazia parte do acervo do Paulinho, do grupo Fluxus. Por algum tempo este rapaz fez a iluminação de várias festas e casas noturnas. Acontece que esta lâmpada estava com o corpo quebrado e dentro dela tinha alguns componentes que me interessaram. Os LEDs e o motor de passo, principalmente. Catei o motor de passo. Era um BYJ48 de 12V.
Não sabia se o motor que peguei estava funcionando. Diferente dos motores elétricos convencionais, um motor de passo precisa que determinada tensão seja ligada e desligada sequencialmente em suas bobinas para que ele se movimente. Ele faz uma pequena fração de rotação por vez. Este motor tem cinco terminais: um para tensão de alimentação e mais quatro que precisam ser sequencialmente ligados com o terra para que a corrente circule pelas bobinas. Vi no data sheet do motor a sequência que precisa ser aplicada.
Sequência que precisa ser seguida para movimentar o motor de passo BYJ48 de 12V em sentido horário.
Então, liguei uma fonte de 12V no terminal vermelho e quatro botões de contato, um para cada terminal, que ligavam o terra a eles.
Após este teste, verifiquei que o motor estava funcionando: ligar o terra (0V) nos terminais do motor na sequência correta fez com que ele movesse seu eixo. Então, agora, precisaria gerar aquela sequência automaticamente. Para isso usaria um conjunto de circuitos integrados operando em 5V e usaria os transistores como chaves para fazer passar os 12V que o motor usa. Não é indicado usar diretamente o circuito integrado para permitir o fluxo de corrente elétrica de um motor porque esta corrente pode queimar o circuito, que opera com correntes muito baixas. Também por isso usei os transistores como chaves.
Para testar se o uso dos transistores como chaves daria certo, acionaria com os botões de contato, 5V na base de quatro transistores BC548, com as correntes devidamente limitadas por resistores. Para obter os 5V usei um LM7805 com os 12V ligados em sua entrada.
O coletor de cada transistor estava ligado ao terminal do motor, e o emissor estava ligado ao terra.
Após verificar que deu certo o acionamento usando transistores como chave, fiz a sequência de acionamentos acontecer automaticamente. Para fazer isso, usei um circuito integrado 555 para criar um clock temporizador. Este clock tem um de seus resistores de configuração sendo um potenciômetro, para que a frequência do clock possa ser alterada. Liguei este clock a um contador decimal 4017. Este contador estava configurado para contar até 4 pulsos (o quinto pulso estaria ligado ao reset do contador). E cada pino estaria ligado para entregar 5V a base de um transistor BC548 com corrente devidamente limitada por resistor de 1,5kΩ.
Após o sucesso do circuito acionador do motor de passo, consegui incrementá-lo para acionar o motor no sentido inverso de acordo com a seleção feita por uma chave de contato com trava. Esta chave conectava o terra de um conjunto ou outro de transistores. De acordo com o circuito que estivesse ligado, a sequência de acionamentos dos terminais do motor seria uma: assim o motor pode rodar no sentido horário ou anti-horário.
O diagrama do que foi ligado pode ser visto abaixo.
Diagrama de ligação do circuito controlador de motor de passo. Deu certo!
Usei, para fazer o gerador de pulsos, o site da Lei de Ohm e, para ver o funcionamento de cada componente, o All Datasheet. Para fazer as ilustrações, usei Inkscape.
Que programas ando usando para fazer o trabalho do SESC
O SESC me deu alguns vídeos para fazer. Tutoriais de ensinar a usar aplicativos de celular. Aí pesquisei algumas alternativas para captura de tela do celular em vídeo. Resolvi usar o CamStudio para gravar telas do computador em vídeo. E aí espelhava o celular no PC. A princípio usando um aplicativo chamado Screen Mirror – que se mostrou meio lento mas que usava um recurso muito interessante e pouco explorado, a conexão via wi-fi direct – depois usando um software pequeno chamado Screen Copy que está em fase inicial de desenvolvimento mas se mostrou bem efetivo – embora peça para conectar o aparelho ao PC via cabo USB. Então, ligo algum destes, ligo o CamStudio e aponto para a tela onde está espelhada a tela do celular. Urrú!
É o décimo programa de domingo do XTO e a partir de agora ele pode ser ouvido no MixCloud.
Desde que começou a quarentena por causa da COVID-19… ã… na verdade desde o dia das mães de 2020 tenho feito apresentações ao vivo no FaceBook aos domingos. Na verdade estou procurando um lugar melhor para fazer isso porque as apresentações ao vivo lá são verificadas para não terem músicas com direitos autorais requisitados. Quando o FaceBook detecta isso ele derruba a live e silencia o vídeo que grava… A parte de deixar a gravação intacta estou resolvendo gravando também em casa com meu velho gravadorzinho Sony e publicando no MixCloud. A parte de fazer uma live sem o crivo do FaceBook é mais difícil de resolver. Também porque o público que já se acostumou a acompanhar estas lives está todo lá. São os tios e tias da Patty do interior, minha família, os amigos. Tem gente de outras partes do mundo assistindo!
Na verdade este deve ser já o 10º programa dominical! O programa X!
XTO
Se fosse apenas pelo som eu poderia tentar colocar em outro lugar. Mas tem a imagem e o público. Então, provavelmente vou seguir pelo FaceBook por um bom tempo. Apesar de que já estou maquinando aqui na minha mente um mecanismo de publicação de live que dispara fotos a cada x segundos. O meu maior problema no momento é saber como funciona a consulta e download dos arquivos que ainda estão sendo montados. Esse é o segredo do live streaming.
Esta aventura começou quando, durante o período de quarentena, entrei em um grupo de WhatsApp com pessoas cheias de vontade de interagir mas sem assunto específico. Típico de amigos saudosos que se encontrariam num bar e tomariam uma cerveja enquanto passam um tempinho sendo amigos. É legal. Para quando não se tem muito assunto ou resposta, lança-se um sticker. Essas figurinhas de WhatsApp são evolução dos emojis que são evolução dos emoticons. 🙂 Ufa. Mas agora elas trazem mensagens e memes, expressam sentimentos efusivos ou só lançam frases bestas. A certa altura da ‘conversa’ apenas estas figurinhas apareciam na tela. A comunicação no whatsapp possibilita o uso de texto, som e imagem. Mas as figurinhas são uma categoria a parte. Elas não necessariamente querem comunicar algo. Por vezes, apenas desejam evocar alguma sensação ou reação (no caso das figurinhas, costumam provocar o riso). Este tipo de comportamento é comum à arte. E assim tive a ideia de usar o ambiente do WhatsApp como meio para expor arte usando as figurinhas como suporte.
A arte contemporânea permite que a produção aconteça não apenas fixada aos meios, mas também sendo simples subversão e estranhamento dos meios. Assim dá certo existir rádio-arte, por exemplo. E assim a auto-referência pode existir como arte e também se justifica a tomada de um meio como arte. E a tomada do WhatsApp como meio de circulação artística, por si, já seria uma obra contemporânea interessante. Mas no caso do que fiz juntei a isso a qualidade estética das imagens que estão sendo colocadas em circulação.
A originalidade sempre foi uma qualidade apreciada na arte. No livro ‘ A grande feira: uma reação ao vale-tudo na arte contemporânea ‘ (Civilização Brasileira – 2009) Luciano Trigo olha para esta qualidade colocando que muitas obras contemporâneas são apenas boas ideias, apenas piadinhas, boas sacadas, objetos com grande carga de originalidade – mas não grandes obras de arte. Não que eu considere de grande importância levar em consideração a opinião deste crítico para pautar minha produção, mas a essa colocação poderia responder, no caso de ser feita para a minha obra, que também foram exploradas as qualidades técnicas e teóricas solicitadas para conseguir um resultado estético relevante.
As técnicas exploradas, neste caso, passam pelo uso de softwares gráficos e da programação. Mas esta subversão do meio – no caso, o aplicativo de comunicação WhatsApp – tem um impacto maior na produção contemporânea do que a qualidade gráfica em si. O WhatsApp há muito tempo é usado como veículo de circulação dos convites para os locais de fruição das obras, não como o próprio meio de fruição das obras.
Como foi feito
Então pensei em fazer uma coleção de figurinhas abstratas, desarticuladas da função de comunicação que o meio solicitava e, assim como toda imagem abstrata, sem a carga da representatividade. Como demoraria um tanto para produzir isso, solicitei a meu amigo Rukin, grande parceiro de produção, que fizesse parte da coleção – o que ele fez com grande qualidade.
O WhatsApp gosta que se produzam figurinhas para ele. Por isso disponibilizou um kit quase pronto em que se seguem as instruções (muito bem detalhadas) e já tá lá o pacote. A parte mais complicada é baixar e usar o Android Studio, que requer uma máquina com bastante memória.
A intenção inicial era ter disponível na loja do Android o pacote de figurinhas agrupadas para que elas circulassem o máximo possível. Mas nesta etapa do trabalho vi que precisaria pagar uma taxa de US$25 para ter direito a publicar lá. O dólar está muito alto, então resolvi disponibilizar o arquivo .apk aqui mesmo e quem quiser baixa e instala no celular. Esta solução não é a melhor para a divulgação e circulação, mas a realidade do artista brasileiro não é muito cheia de dólares então é isso que teremos no momento.
Entrevistas realizadas no SESC Guarulhos sobre Tecnologias e Artes
Aconteceu no dia 28 de Fevereiro de 2020 no Estúdio 13 do SESC Guarulhos a entrevista que gostaria de falar sobre as tecnologias usadas em 2 formas de agrupamento carnavalesco: um bloco e uma escola de samba. Veio Eric Esteves, do bloco Jacaré de Tetas. E era para vir também o Magoo, carnavalesco da X9 Paulistana. Mas ele se embananou no horário e não compareceu…
Depois do Bate-Papo Técnico que gravei no ano passado ficamos no SESC Guarulhos ajustando formatos e nomes e eis que temos nossa segunda gravação. Agora a atividade tem um novo nome: se chama TecnoPapo e promete ser mensal. Nesta edição que ora publico tivemos a presença de dois grandes artistas da música de Guarulhos. O DJ Brown Breaks, competente e experiente tocador de várias festas e eventos de peso como o Mastercrews; e BB Jupiteriano, tocador que inventa suas próprias ferramentas de som e produtor que já colocou as mãos em produções de gente como nosso querido e celebrado Edgar. Os dois falaram de suas experiências, equipamentos que usam e bagagens musicais. Ouça!
Gravado dia 17 de janeiro de 2020 no SESC Guarulhos.
Estou começando a fazer um controlador de luzes com Arduíno. Primeiro construí um shield usando um circuito integrado MAX485 de acordo com este site. Mas estou usando outra biblioteca para acessar os canais. Usei a SimpleDMX e o seguinte código:
#include <DmxSimple.h>
bool aceso = true;
void setup() {
DmxSimple.usePin (1);
}
void loop() {
DmxSimple.write (1, 20); // R
DmxSimple.write (2, 0); // G
DmxSimple.write (3, 0); // B
if(aceso){
DmxSimple.write (4, 0); // R
DmxSimple.write (5, 0); // G
DmxSimple.write (6, 20); // B
aceso = false;
} else {
DmxSimple.write (4, 0); // R
DmxSimple.write (5, 0); // G
DmxSimple.write (6, 0); // B
aceso = true;
}
delay(3000);
}
Isso fez o primeiro fixture ficar sempre em vermelho e o segundo piscar em azul. Descobri que estes fixtures não fazem um bom strobo – eles demoram demais para perder o brilho então a próxima piscada perde a força.